sexta-feira, 25 de março de 2011

Bandeirantes, índios e o engenheiro da Eletrobrás

Bandeirantes, índios e o engenheiro da Eletrobrás
Post feito para um antigo blog, postado em Maio de 2008


Quero começar mostrando à vocês que as pessoas não tem o mínimo interesse sobre os índigenas brasileiros, que apesar do que eles sofreram por anos dos nossos colonizadores e os próprios bandeirantes não foi recompensado em nada.

E também quero ir um pouco pela história de como comecou a caça ao índio coitado que hoje é figurado como agressor de brancos.

Sem importância econômica para metrópole, a capitania de São Vicente desenvolvia sua autonomia.
Também sem recursos suficientes para comprar escravos negros, e também pela ocupação holandesa em Angola os paulistas passaram a escravizar os índios.
A partir de 1620, os paulistas (os famosos bandeirantes) passaram a atacar intensamente a região de Guairá na caça ao Guaranis (considerados índios de qualidade por pussuírem uma hortecultura desenvolvida.)

Missões jesuítas foram atacadas. As missões de Itaim, Tape e Uruguai foram destruídas. (os jesuítas ainda não autorizavam os índios a usarem arma de fogo ainda.)
Antônio Raposo Tavares, André Fernandes Manuel Preto e Fernão Dias Pais comandaram expedições em que milhares de índios foram escravizados e mortos.

A crueldade chegava ao absurdo como: aldeias incendiadas, crianças e velhos trucidados, além de epidemias que se abatiam sobre os nativos, matando-os em grande escala.
Depois que o Padre Ruiz de Montoya concedeu autorização aos índios para a utilização de armas os paulistas foram derrotados em Guaraçu e depois em Mboré.

A brava resistência índigena apoiada pelos jesuítas, o restabelecimento do tráfico negreiro, a elevada mortalidade dos índios aprisionados, as rebeliões e as fugas fizeram com que a caça ao índio declinasse.

Domingos Jorge VelhoDomingos Jorge Velho: segundo escreveu o bispo Francisco de Lima: “tratava-se de um selvagem, comunicando-se atráves de um intérprete, já que o ernergúmeno só falava a língua geral”. Também comentou o governador Caetano de Melo e Castro: “É gente bárbara que vive do que rouba.”
Fernão Dias Pais, diante de uma conspiração, não hesitou em condenar seu próprio filho à pena de morte.

Depois dessa introdução histórica, eu não entendo como no Brasil se tem a idéia de que os Bandeirantes foram heróis, conquistadores do interior do Brasil, (isso já era feita pelas Entradas, que eram organizadas por Portugal afim de buscar ouro e algo do tipo.) eles são colocados como desbravadores e até contam com alguns monumentos com seus nomes, nomes de estrada, ruas.

Pessoas cruéis que pra se ascender precisavam de mão-de-obra escrava, roubar e matar pessoas. (Quilombo foi morto por um bandeirante.) A hipocrisia brasileira chega a tanto que pessoas acharam absurdo os índios atacarem o engenheiro da Eletrobrás sendo que ninguém antes deu ouvido aos índios, que só querem garantir sua sobrevivência, as ONGS e os moradores do local que participaram do encontro.
Precisou os índios criarem um auê pra que a Justiça Federal retomasse os estudos de impacto ambiental que estavam suspensos.

O que eu quis mostrar foi que os índios sempre sofreram no Brasil desde a chegada do Colonizador, e até hoje precisam chamar muita atenção pra ser ouvido, o mínimo que o Governo do Brasil precisa dar ao índios é o tratamento como é dado a qualquer raça, o que não acontece vide as agressões que os índio sofrem até hoje e a impunidade que é dada aos agressores.


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