quarta-feira, 20 de abril de 2011

Clube da luta e seus fãs

Clube da luta e seus fãs
O narrador sem nome (Edward Norton) é um empregado de uma companhia de automóveis em viagem que sofre de insônia. Ele começa a visitar por ordem de seu médico um grupo de apoio para testemunhar sofrimentos mais graves. O narrador assiste às sessões de um grupo de apoio para vítimas de cancer testicular e, fazendo-se passar por vítima de cancer, encontra uma libertação emocional que alivia a sua insônia. Ele torna-se viciado em ir a grupos de apoio e em fingir ser uma vítima, mas a presença de outro impostor Marla Singer (Helena Bonham Carter) o perturba e então ele negocia com ela para evitar o encontro com os mesmos grupos.

Depois de voar para casa após uma viagem de negócios, o narrador encontra o seu apartamento destruído por uma explosão. Ele liga para Tyler Durden (Brad Pitt), um vendedor de sabão com quem ele havia conversado no voo, eles se encontram no bar. Uma conversa sobre consumismo acaba com Tyler onvidando o narrador para ficar em sua casa e, depois disso, ele pede ao narrador para lhe dar um soco. Os dois envolvem-se numa luta fora do bar, com o narrador, posteriormente, a mudar-se para a casa em ruínas de Tyler. Eles têm outras lutas fora do bar, e estas atraindo mais pessoas. Os combates mudam-se para o porão do bar, onde é formado o clube da luta e suas 8 regras.

As 8 regras do Clube da Luta:
1 Não comente sobre o Clube da Luta.
2 Nunca, jamais, comente sobre o clube da luta
3 Quando alguém gritar "pára!", sinalizar ou desmaiar, a luta acaba.
4 Somente duas pessoas por luta.
5 Uma luta de cada vez.
6 Sem camisa, sem sapatos.
7 As lutas duram o tempo que for necessário.
8 Se for a sua primeira noite no clube da luta, você tem que lutar!

No Brasil, o filme ganhou repercussão pelo caso do estudante de medicina atirar em pessoas com uma metralhadora em uma sessão do filme em São Paulo. Originário do livro com o mesmo título do filme, escrito por Chuck Palahniuk, escritor americano, autor de O Sobrevivente (Survivor) e No Sufoco (Choke, também virou filme), o filme retrata bem o momento em que vivemos (nós não temos grandes guerras nem grandes depressões), a manipulação midiática e uma pitada da filosofia de Nietzsche e seu Ubermensch.

A situação mais incomoda são os fãs do filme, ou pessoas que dizem que são fãs do filme, apenas para se passarem por "cool" mas não conhecem o filme, não aplicam a filosofia do filme em suas vidas, fazem o inverso que é proposto pelo filme.
Assisti o filme mais de trinta vezes (não é brincadeira), procurei ler outros livros e textos do autor. Pelo filme, conheci a filosofia de Nietzsche, o Luddismo, o Anarcoprimitivismo, o Niilismo e posteriormente o Budismo. O filme não foi um fim e sim um meio para idéias mais elevadas que até então eram desconhecidas por mim.

É difícil tomar o que é proposto pelo filme e aplicar na vida real, é preciso coragem para matar seu chefe (que é o que acontece com o chefe do Narrador no livro), é dificil correr atrás de mulheres em busca de um relacionamento que só vai trazer dor de cabeça, se livrar das amarras do consumismo, perder todas as esperanças, saber viver apenas o dia de hoje, destruir sistemas e instituições.

Pra se considerar fã dessa obra-prima é preciso sair do conforto do seu quarto, da barra da saia da sua mãe, do conforto da sua vida classe média, da mesquinhez que nos sustenta, da mania de querer parecer engraçado, inteligente e especial pra todo mundo. É preciso por sentimentos em uma sociedade que dorme em sono profundo.


Fontes:
1 Wikipedia
2 Chuck Palhaniuk
3 Nietzsche
4 Luddismo
5 Niilismo
6 Anarcoprimitivismo

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